Fonte: Mercado&Consumo

O que realmente significa transformação do negócio? Nada melhor do que exemplificar em números o que significa transformação do negócio.

Para se ter a dimensão correta sobre o assunto, a S&P (Standard & Poor’s) fez um estudo representando o impacto da transformação da sociedade nos negócios. Para se ter uma ideia, segundo o estudo nada menos que 75% das empresas listadas entre as 500 mais poderosas do planeta sairão desta lista nos próximos 15 anos.

Nada menos do que uma, a cada três anos, deixará a lista entre as mais importantes nos próximos cinco anos. Imagine um mundo onde a longevidade média destas empresas listas será de apenas 12 anos. Quando nasci, e olha já faz um tempinho (1964), elas permaneciam listadas por 33 anos.

Não surpreende que este estudo identificou o varejo como o segmento mais afetado por essas transformações, seguido de perto pelos serviços financeiros, saúde, energia e viagens. Fica claro que em gestão, transformação do negócio significa fundamentalmente como e com qual velocidade o negócio é conduzido.

Sem dúvida essa velocidade foi completamente catalisada pelo digital e pré e pós-covid. Os chamados unicórnios são prova disso: crescem anabolizados pelo digital. Enquanto isso, os executivos das empresas mais tradicionais se perguntam como acompanhar essa transformação.

Pelo nosso entendimento na Gouvêa de Souza, existem basicamente quatro níveis de esforços diferentes em transformação de negócio:

  1. Operacional
    Significa entregar o mesmo produto ou serviço mais rápido, melhor, mais barato, mais eficiente e mais convenientemente. Porém, em um mundo em rápida mudança, jogar o mesmo jogo pode não ser mais suficiente.
  2. Incremental
    Aprofundar a entrega em termos de serviços e experiências de forma mais completa agregando valores continuamente.
  3. Disruptivo
    Quando se muda a própria essência das empresas! Por exemplo o Mercado Livre, de vendas de usados para a mais ágil plataforma logística.
  4. Propósito
    O último estágio de transformação que entendemos é o de mundo, por meio do propósito. Empresas e pessoas que acreditam que só vai ficar bom mesmo quando estiver para todo mundo. Onde toda busca por inovação e eficiência só faz sentido se não perdemos o ser humano de vista! Empresas e pessoas que desafiam o “status quo” com vistas para o melhor para todos – essas, na nossa opinião, são aquelas que serão os negócios do amanhã!

Acreditamos na transformação do indivíduo, dos negócios e da sociedade. Ajudamos diariamente empresas e negócios a evoluírem. Somos influenciados e influenciamos todos a transformarem seus negócios e o mundo!

Jean Paul Rebetez é sócio-diretor da Gouvêa Consulting.
Imagem: Shutterstock