Fonte: Mercado&Consumo
Ano novo, vida nova. E pode-se dizer que, hoje, fica inviável imaginar a vida sem tecnologia no dia a dia. Em um momento pós-pandemia, 2022 traz novidades no universo tecnológico. Diversas pesquisas do setor revelam a necessidade de os gestores se adaptarem aos novos cenários. A aceleração ganha cada vez mais velocidade.
De acordo com uma pesquisa da International Data Corporation (IDC), os investimentos em transformação digital tiveram alta de 15,5%. A expectativa é que os valores até 2023 cheguem a US$ 6,8 trilhões, uma cifra maior do que o PIB do Brasil.
A Dell Technologies, por meio do Índice de Transformação Digital, afirma que, em 2020, 87,5% das empresas instaladas no Brasil trouxeram alguma mudança voltada à transformação digital. O índice está acima da média mundial: 80%.
Principais tendências
1- Inteligência Artificial
Existe uma tendência para que haja mais soluções para adesão de Inteligência Artificial em todos os lugares. A IDC indica que, até 2023, pelo menos uma a cada quatro empresas vai adotar um projeto de IA. O investimento pode chegar a US$ 110 bilhões. As cifras incluem, principalmente, soluções focadas em machine learning e deep learning. As duas estão de “mãos dadas” com a tendência de chatbot inteligente, que será explicada em outro tópico adiante.
Inteligência Artificial, gestão de identidades e serviços de monitoramento de segurança SOC, com ferramentas de SIEM, permitirão identificar, analisar, responder e entregar informações vivas sobre as vulnerabilidades dos negócios. Automóveis estão evoluindo por esse caminho e não será raro, no futuro, vermos carros fazerem entregas sem a necessidade de um motorista para conduzi-los, por exemplo.
2- Privacidade e segurança
Também não é novidade que as legislações a respeito do tema, no Brasil, estão cada vez mais incisivas. Em 2021, foram iniciadas as ações da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), criada pela Lei Geral de Produção de Dados Pessoais (LGPD).
Assim, para estar de acordo com a legislação vigente, seja no Brasil, seja com parceiros de outros países, será necessário um maior desenvolvimento de soluções e serviços focados em privacidade e segurança. Outro ponto de atenção são as invasões e ataques cibernéticos. Por essa razão, o desenvolvimento de planos de Disaster Recovery e atualizações constantes são fundamentais para se proteger das novas ameaças. Neste cenário, é possível dizer que, em todas as demais tendências, a terceirização do gerenciamento das infraestruturas de equipamentos de TI será acrescentada.
3- Chatboots
A grande meta para chatbots é a adoção de tecnologias que aperfeiçoem e personalizem respostas automáticas e reconhecimento de solicitações, com conversas menos robóticas e mais naturais. Em um passo ainda mais avançado, os robôs de voz com IA podem até ajustar o tom de voz e animação conforme o que entendem das intenções e sentimentos do cliente. O objetivo é proporcionar ao usuário uma experiência mais interessante e, acima de tudo, capaz de gerar fidelização.
As empresas que souberem desenvolver soluções nessa área estarão alguns passos à frente das demais, visto que essa demanda tem sido cada vez maior no mercado atual.
4- Hiperautomoção
Trata-se de um conceito que permite combinar uma série de recursos de automação para a execução de tarefas complexas nas organizações. Grande parte dos setores já entendeu as vantagens da automação para a redução de custos, redução de falhas e aumento da eficiência operacional. Em 2022, os esforços também estarão direcionados no sentido de automatizar o maior volume possível de processos.
Essa automação avançada permite que os clientes tenham uma melhor experiência no consumo de produtos e serviços e na interação com as diferentes interfaces do negócio. É importante que as lideranças estejam focadas na experiência do cliente para redesenhar seus processos existentes dentro de uma nova realidade, com novas tecnologias. Por isso, os gastos com infraestrutura (IaaS) e plataforma (PaaS) devem ser ainda maiores neste ano.
5- Big Data e Business Intelligence
A tendência é que cada vez mais dados sejam coletados. As empresas querem analisar os dados para transformá-los em informações relevantes, que ajudam empresas a tomarem decisões mais fundamentadas e, ainda, a organizarem estratégias de vendas mais precisas. A quantidade de dados que circulam cresce cada vez mais. Com isso, a complexidade do Big Data exigirá ferramentas capazes de tratar essa quantidade com agilidade e, principalmente, eficiência. Importante ressaltar que as empresas que já usam o Big Data como uma ferramenta de Business Intelligence precisam aprimorar a condução dessa tecnologia. Mais do que ter o dado, é preciso saber o que fazer com ele.
6- Experiência por voz
O aumento das vendas de assistentes por voz indica que isso será uma parte do futuro da TI. Seja para elaborar soluções para o cliente final, seja para adotar medidas dentro da empresa, é imprescindível considerar essa transformação. A expectativa é de que, nos próximos anos, a presença dos assistentes digitais seja maior. Segundo o Gartner, quem for pioneiro no uso de voz para atendimento e vendas terá um aumento de até 30% no faturamento.
Renata von Anckën é VP de Marketing & Sales da Truppe!
Imagem: Shutterstock